segunda-feira, maio 23, 2016

«Esquecer é um Acto de Salvação» - Ou «Então está bem», por M. E. C.

[quando é que M. E. C. - faz 61 - reunirá tudo numa AutoBiog. ?]

[quanto à Crónica Autob. de hoje, na Diária Coluna Habitual,  D. não pode estar mais de acordo - e então depois da «rabia» que levou da Mana A., há dias...]

Recortes, então, de «Então está bem» [sublinhados acrescentados]
[...]
    Ainda estou a tentar habituar-me à estranheza de deixar de ter saudades do passado, pela simples razão de me ter esquecido do que me aconteceu.
    Já comecei a convencer-me, com a necessária estupidez, que tive sorte e que o vazio oco e calado que agora ocupa a parte de mim que se lembrava de felicidades anteriores (incluindo, sobretudo, a própria infância) constitui um acto de salvação. Não consigo lembrar-me. Isto é: a minha memória, ao não conseguir lembrar-se, poupou-me.
    Esquecer é uma poupança. Ter lido Borges antes de se ter a idade que ele teve quando escreveu o que lemos é uma predestinação. Obriga-nos a pensar que perdemos, por pensar, mais do que ele.
[...] - COMPLETA - AQUI

- a 19 de junho, «O prazer de esquecer», na mesma linha ... Esquecer é poupar. Há coisas que só ganham por não serem lembradas»] - AQUI

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