sexta-feira, dezembro 01, 2017

O sargento Almeida

[8 viciosas Terças...; 
terminadas, ficam os textos...;  na maioria «a raspar» os  propostos, que remetiam para universos duros de Qd.os ...]

10 anos. Lia. Muito e depressa. O dia todo. Falcão, Seis Balas, Emílio Salgari, Major Alvega, Mundo de Aventuras… Gordo, aéreo ou pasmado. A sonhar com a “a morte da bezerra”? Nesses tempos, a Criança tinha que já ser um pequeno homem. Todo o tempo os velhos lhe faziam judiarias.
É um preguiçoso! Um incapaz! Nunca irá para a universidade!**
No desvão, sonhava, entre o cheiro acre de cebolas, batatas, borras do fundo de vasilhame. Ouvia. Chorava.

[** palavras parecidas com as que o sarg. terá dito; como sempre, com a ajuda da MEMO da Mana A.:

O Sr. Almeida?
Pai do Zeca … bêbado a cair!
Com quem não se dava lá muito bem (aliás, nem bem nem mal!)
 Natural do Sabugal!?
 Para a patuscada com os outros “copofónicos” das tardes de outono e de inverno trazia míscaros que a mãe cozinhava com carne de porco!

(E nós também tínhamos direito!)]

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